Processo criativo: acrescentar significados ao já conhecido
“O jogo combinatório parece ser a característica essencial do pensamento produtivo.” Albert Einstein
Por Bruna Lopes | Publicado 23/09/2020
Toda pessoa criativa se apropria do que vê ao seu redor, das ideias de quem admira e das coisas do mundo, constituindo, assim, o seu repertório de referências. Nada é essencialmente original. O processo de criação já parte do experimentado. O novo está em conectar coisas já conhecidas de uma maneira nunca antes imaginada.
O Processo Criativo
É inevitável pegar emprestado ideias já desenvolvidas para iniciar qualquer criação. Todo início de processo criativo exige conhecer as possibilidades existentes, selecionar algumas delas, transformá-las ou conectá-las com outras.
Muitas vezes, as respostas para algumas perguntas estão em lugares nunca antes imaginados, provavelmente vindas dessas reviradas ao redor do mundo, ‘roubando’ ideias para criar possíveis novas conexões. Pablo Picasso já sinalizava que roubar boas ideias faz parte do processo criativo ao dizer que “Os bons artistas copiam, os grandes artistas roubam”.
Roubar é diferente de copiar. Para ‘copiar’ é preciso domínio técnico e nenhuma imaginação. Já ‘roubar’ (nesse sentido das ideias criativas) significa apropriar-se de algo para lhe dar novos sentidos, acrescentando significados ao já conhecido.
Liberação da criatividade
O exercício para liberar a criatividade estaria então em começar a reunir um repertório de referências, mesmo que elas não sejam da área que se pretende desenvolver algo, como aconselha o designer gráfico americano Chip Kidd: “Acho importante estar constantemente atento às possibilidades ao meu redor; assim, tudo vira alimento para ideias. Nunca se sabe quando algo pode ser útil”.
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