Fórum de Educação reforça interação acadêmica entre Brasil e Canadá
Brasil-Canadá Chamber of Commerce
Por José Francisco Schuster | Publicado 28/02/2018
Instituições de pesquisa, de educação e de idiomas, brasileiros e canadenses, em um total de mais de 50 participantes, reuniram-se no dia 23 de fevereiro para a primeira edição do Fórum de Educação, promovido pela Brazil-Canada Chamber of Commerce (BCCC) no REAL Institute da Universidade Ryerson, em Toronto. “Tem muita coisa acontecendo, mas não se tinha colocado todos esses players em uma sala só para conversar e avaliar os próximos passos”, explica a vice-presidente da BCCC, Paola Saad, já planejando repetir anualmente o evento.
Vice-presidente da BCCC, Paola Saad e o cônsul-geral adjunto do Brasil em Toronto, Ademar Seabra da Cruz Junior.
“Faz muito tempo que queríamos fazer este fórum para discutir o futuro, depois do Ciência sem Fronteiras e do Idioma sem Fronteiras, ter essa discussão de quem está fazendo o quê para alinhavar isso tudo”, disse Saad. Brasil e Canadá assinaram um memorando de entendimento em mobilidade acadêmica e cooperação científica em 2010 e o Canadá foi um dos países que mais recebeu estudantes do projeto Ciência sem Fronteiras, criado pelo Brasil em 2011. Além disso, o Canadá é o país que mais recebe estudantes de inglês do Brasil. A ideia dos organizadores é fazer com que as organizações trabalhem juntas, com uma maior divulgação das várias bolsas de estudos que o Canadá oferece para brasileiros, para que mais brasileiros venham ao Canadá e mais canadenses vaiam ao Brasil. Há uma preocupação de equidade, diversidade e inclusão, para que sejam atraídos talentos de grupos subrepresentados dos dois países.
CONVÊNIOS INTERNACIONAIS
“É essencial o aprendizado do idioma dos dois lados. Nós já vimos que os programas de mobilidade e de internacionalização de programas acadêmicos do Brasil serão muito mais eficientes na medida em que haja proficiência do idioma”, disse o cônsul-geral adjunto do Brasil em Toronto, Ademar Seabra da Cruz Junior, que abriu o Fórum. “Esses convênios internacionais associam a mobilidade com o aprendizado. É o que chamamos de diplomacia soft, é uma forma pelos quais os países constroem um capital de confiança muito grande”, analisou o diplomata, para quem “essa interação direta da sociedade de baixo para cima cria uma densidade de relacionamento diplomático que os governos depois consolidam”. Observou ainda que os intercâmbios “expandem extraordinariamente os horizontes dos participantes não só para conhecer outras culturas, mas para ter um espírito mais aberto, absorver as experiências de outros países e ter um enriquecimento tanto no nível individual como da sociedade”.