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 A Internacionalização de Startups Brasileiras 

Porto Digital do Recife chega à Europa com escritório na cidade portuguesa de Aveiro 

 Por Caio Quinderé | 11 de fevereiro de 2025

 O Porto Digital do Recife se transformou em um hub da tecnologia brasileira que lançou sua âncora em Portugal ao abrir escritório em Aveiro. Foto: Porto Digital – Divulgação

O Porto Digital do Recife tem se tornado uma referência mundial do setor de tecnologia, e a abertura de um escritório na cidade de Aveiro, no centro-norte de Portugal, pode ser considerada um marco na trajetória de internacionalização do hub tecnológico pernambucano. O Porto Digital foi criado em 2000 com o objetivo de revitalizar o centro histórico do Recife e impulsionar a economia local por meio da tecnologia e da inovação. Ao longo dos anos, o parque tecnológico se consolidou como um dos maiores do Brasil, abrigando mais de 300 empresas e empregando cerca de 14 mil profissionais.

Com Recife tornando-se um dos maiores centros de inovação do país, especialmente no setor de tecnologia da informação, a expansão das atividades do polo para o outro lado do oceano faz parte de uma estratégia mais ampla para a internacionalização das startups brasileiras. A iniciativa contribui ainda para mitigar o problema da crescente fuga de talentos para o exterior.

Mas por que a cidade de Aveiro? O lugar vem se consolidando como um importante polo de tecnologia e inovação, graças aos seus investimentos na criação de um ecossistema de startups e à presença de universidades e centros de pesquisa de destaque. Outro motivo da escolha tem sido a localização estratégica. Aveiro fica próximo a grandes centros urbanos como Lisboa e Porto, e facilitando o acesso a outros países da União Europeia. A partir dessa base, o Porto Digital busca não só criar uma ponte para startups brasileiras no continente europeu, mas também fomentar parcerias estratégicas e projetos colaborativos em áreas como tecnologia, sustentabilidade e cidades inteligentes.

Outra coincidência é o fato de Recife ser cortada por rios, passando a ser conhecida como Veneza Brasileira. A geografia similar de Aveiro fez o lugar ser chamado de Veneza Portuguesa. Todavia, um dos maiores desafios enfrentados pelo ecossistema de inovação de Recife – e do Brasil em geral – é a fuga de talentos para o exterior. Assim, a Europa, em particular, tem se destacado como um dos destinos preferidos dos profissionais de TI brasileiros. Países como Portugal, Alemanha e Holanda oferecem oportunidades atraentes, com condições de trabalho competitivas, salários mais altos e maior qualidade de vida.

 Desafios da Internacionalização de Startups Brasileiras

De acordo com especialistas, a expansão das startups brasileiras para o mercado internacional envolve desafios significativos, como a adaptação a novas regulamentações e culturas locais, além de enfrentar uma concorrência acirrada no setor de tecnologia. A captação de recursos financeiros também é um obstáculo, visto que o acesso ao venture capital global ainda é limitado. A presença do Porto Digital em Aveiro pode ajudar a facilitar essas conexões com investidores europeus. Contudo, a fuga de talentos permanece uma questão crítica, reforçando a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura e condições de trabalho no Brasil.

A Revista DISCOVER conversou com o presidente da Porto Digital e da Porto Europa, Pierre Lucena, e também com o Artur Sá, sócio fundador e CMO da Mesa, sobre a importância dessa expansão, os desafios enfrentados pelas startups brasileiras no processo de internacionalização e como o Porto Digital pretende fortalecer a presença do Brasil no cenário europeu de tecnologia.

Revista DISCOVER: Qual foi o principal fator que levou à escolha de Aveiro como sede europeia do Porto Digital e da Mesa? O que essa cidade oferece que a diferencia das outras opções?

Pierre Lucena é presidente do Porto Digital e Porto Europa. “O processo de internacionalização é um aprendizado conjunto, pois partimos do princípio que é muito melhor quando estamos indo como ecossistema.” 

Pierre Lucena: Com certeza foi a proximidade urbana com Recife. A cidade é cortada por canais e parece muito com o Recife Antigo. Além disso, fomos muito bem acolhidos pelo Poder Público e também pela cidade. Aveiro também é sede de uma universidade que é referência na área de tecnologia e eletrônica, o que facilita muito. Além disso, o fato de não ser uma cidade central, como Lisboa ou Porto, permite que as empresas recebam incentivos de inovação.

Arthur Sá: Na verdade, a escolha da Mesa por Aveiro foi muito mais por conta da nossa relação com o Porto Digital de Recife e pelo que a instituição trazia (inclusive de forma intangível) consigo nesse processo de internacionalização. Rede de parceiros em Portugal, acessos a editais de fomento via Porto Digital Europa, outras empresas parceiras passando pelo mesmo processo, estrutura física, proximidade do Porto (região com muitas indústrias e que é um dos segmentos que a Mesa atua). Outras cidades de Portugal têm também grandes benefícios, mas não nos traziam muitos desses pontos já citados. Além disso, Aveiro é uma cidade muito organizada e que hoje respira tecnologia (e arte), o que para nós faz muita diferença.

Aveiro, Portugal 

RD: Como o Programa de Recursos Humanos Altamente Qualificados (RHAQ) da Região Centro de Portugal foi fundamental para a decisão de internacionalizar as operações?

PL: Este foi um dos incentivos que levaram à nossa decisão, embora outros municípios também estivessem no nosso radar. Ainda iremos trabalhar a operacionalização dos fundos europeus, e o Centro 2030 é um deles. Vale salientar que o processo de internacionalização é um aprendizado conjunto, pois partimos do princípio que é muito melhor quando estamos indo como ecossistema. Fazer negócios fora do país de origem sempre é um desafio, mas o processo de aprendizagem é facilitado quando o processo é realizado de forma coletiva.

AS: Aplicamos para o programa no primeiro semestre e, apesar de ainda não termos recebido o resultado, é algo que ajuda bastante as empresas que estão iniciando em Portugal ao reduzir significativamente os custos de contratação de profissionais altamente qualificados. Não foi um fator decisivo para nosso processo de internacionalização, mas certamente nos ajudará bastante.

RD: Qual é o perfil dos profissionais que serão contratados para essas vagas em Portugal?

 PL: Isso o próprio mercado dirá à medida que os contratos forem sendo fechados. Mas o que imaginamos sempre é que podemos replicar a nossa experiência bem-sucedida de formação em tecnologia na cidade de Aveiro. Temos vários programas desenvolvidos pelo Porto Digital e suas entidades e isso pode ser importante para a cidade. É bom lembrar que somos um parque de software e isso será preponderante em Portugal também.

AS: Estamos falando de profissionais essenciais para o desenvolvimento de produtos digitais: Gerente de Projetos, Arquiteto(a) e Engenheiro(a) de Software, Designer de Produto e Engenheiro(a) de Testes.

Artur Sá, Diretor de Operações da Mesa Europa, destaca os planos de internacionalização e expansão do Porto Digital em solo português, com foco no desenvolvimento do ecossistema de inovação em Aveiro. 

 

RD: De que forma a internacionalização de startups brasileiras pode impactar o mercado de tecnologia em Portugal e na Europa?

PL: Acredito que pode ser bom para ambos os países. Ao mesmo tempo em que abrimos mercado lá fora, também abrimos a porta para que empresas europeias venham instalar sua base produtiva no Recife, já que hoje somos referência em capital humano e com um ecossistema forte, com mais de 400 possíveis fornecedores de software. Em nenhum lugar do Brasil irão encontrar o que temos em Recife, em termos de organização de um distrito de inovação.

AS: O Brasil é um grande fornecedor de mão de obra especializada no mercado de tecnologia para o mundo todo. Muitos dos produtos digitais, por exemplo, criados em Recife já são utilizados em vários locais do mundo. A proatividade e a vontade do profissional brasileiro em atuar em projetos desafiadores para fora do Brasil também devem impactar esses mercados, mas é certo afirmar também que temos muito a aprender com esses mercados.

RD: Como a Mesa pretende integrar esses profissionais ao ecossistema global da empresa?    AS: Apesar da Mesa Europa ser constituída como uma nova empresa e não uma filial, nossa ideia é seguir a mesma cultura implementada no Brasil. Estamos prevendo um onboarding presencial com nosso time de pessoas assim como um onboarding online para toda a equipe que hoje fica no Brasil. Além disso, a participação de eventos internos será conjunta (como temos um modelo de trabalho quase 100% remoto, apostamos que funcionará muito bem)

RD: Quais são as vantagens e desvantagens para uma empresa brasileira abrir uma filial em Portugal em comparação com outros países europeus?

PL: Sem dúvida alguma a língua e a proximidade cultural. Portugal, na nossa visão, é a porta de entrada para a Europa. Claro que é um projeto de longo prazo, mas estamos começando muito mais fortes do que quando começamos no Recife. Temos uma bela história para contar e a reputação construída ao longo destes quase 25 anos.

AS: Como vantagens, em primeiro lugar, o idioma. Apesar de todos os profissionais da área terem que falar inglês fluentemente e os portugueses falam. Isso ainda não é uma realidade no Brasil. Afora isso, a facilidade e quantidade de voos direto para Portugal facilitando essa ida e vinda. Os programas de incentivo do governo português também são bastante atrativos, fora os benefícios oferecidos por várias cidades (como ajuda no aluguel de casas, vagas para crianças nas escolas e creches, etc). Bem, quando as desvantagens, Portugal ainda não é o principal mercado de tecnologia da Europa e talvez seu tamanho geográfico não seja tão atrativo quando falamos em expansão e escala de produtos digitais em relação a outros países, mas certamente é um mercado bastante promissor.

A ponte digital entre Brasil e Portugal: Porto Digital de Aveiro, cidade que tem semelhanças geográficas com a capital pernambucana sendo conhecida como Veneza Portuguesa. Foto: Porto Digital – Divulgação

RD: Qual é o papel do Programa de Recursos Humanos Altamente Qualificados na atração de empresas estrangeiras para Portugal? 

PL: Em todo lugar do mundo, inovação é incentivada, até para que a economia aumente a produtividade e melhore. O efeito multiplicador é o argumento de todos os países para que incentivem a inovação. E no caso de Portugal, isso pode ajudar muito, especialmente para gerar contratações locais e auxiliar na manutenção de jovens nas cidades do interior. Vários países sofrem grande êxodo de jovens na Europa, e obviamente o incentivo à criação de empregos locais é o caminho a ser seguido.

AS: Como falei acima, é um programa que ajuda as empresas a pagar metade dos salários de profissionais especializados (de perfis específicos) durante um bom período, suficiente para que estas empresas possam se estabelecer melhor em Portugal.

RD: Existe a intenção de expandir esse tipo de suporte para outras regiões de Portugal ou setores além do tecnológico?

PL: Não há esta previsão. Vamos colocar energia em Aveiro e fazer com que dê certo. Lá é nosso local na Europa e temos uma parceria para ajudar a cidade.

RD: Que tipo de suporte o profissional brasileiro que decide abraçar essa oportunidade de trabalho no polo digital de Portugal irá receber?

PL: Uma série deles. Desde a aceleração dos negócios até o soft landing da empresa e pessoal. Ajudamos desde a abertura da empresa até a busca da escola para os filhos do empreendedor. Mas o mais importante de tudo é a criação da comunidade em Aveiro, fazendo com que todos se conectem e se ajudem. O Porto Digital é o lugar onde as conexões acontecem.

O Porto Digital e a Oportunidade de Trabalho na Europa 

A área de atuação do Porto Digital do Recife, segundo a assessoria de comunicação Michelle Reader, é bastante diversificada e abrange desde desenvolvimento de software até soluções para cidades inteligentes, saúde digital, segurança cibernética e fintechs – que são empresas que oferecem serviços financeiros inovadores por meio de tecnologia, como bancos digitais e plataformas de pagamento online.

A capital pernambucana se destaca por oferecer mão de obra altamente qualificada, fruto de universidades e centros de pesquisa de renome, como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), seguindo no mesmo padrão de qualidade a cidade de Aveiro, em Portugal. O município é sede da Universidade de Aveiro – que é uma referência na área de estudo e investigação no campo da tecnologia e inovação.

Ainda em Portugal, as cidades de Lisboa e Porto têm se tornado verdadeiros centros de atração de profissionais brasileiros da área de tecnologia. O país luso oferece uma série de incentivos para startups e empreendedores, como o visto de startup e um ambiente de negócios favorável, o que torna a terra do poeta Luiz Vaz de Camões ainda mais atraente para os talentos brasileiros.

No entanto, esse êxodo de profissionais qualificados representa um grande desafio para o Brasil, que enfrenta dificuldades em reter seus talentos. A falta de infraestrutura, os altos impostos, a burocracia e a instabilidade econômica e política são algumas das razões que impulsionam essa saída. Como resposta a esse movimento, o Porto Digital buscou uma forma de se manter competitivo e criar novas oportunidades para startups e profissionais brasileiros no exterior, resultando na expansão para a cidade portuguesa de Aveiro.

Juliana Queiroga é uma profissional do mundo digital que trocou o Recife por Aveiro em busca de novos horizontes em Portugal. 

A recifense Juliana Queiroga, 41 anos, formada em Relações Internacionais, com mestrado em Inovação e Gestão Organizacional, mudou-se para Portugal com a missão de operacionalizar a startup CESAR, onde trabalha há quase seis anos. Ela é casada com uma servidora federal da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e tem um filho de um ano e 11 meses. Antes de se mudar, Juliana morava em apartamento próprio em bairro tradicional do Recife. O filho dela frequentava uma creche integral desde os seis meses de vida. Juliana nos confidenciou que tem um irmão que mora em Quebec há 12 anos e já experimentou o gostinho de viver fora do Brasil. Na sua adolescência morou nos Estados Unidos e fez mestrado na Inglaterra. No Brasil, ela também já viveu em São Paulo e disse estar bem acostumada a se lançar a novos desafios.

Revista DISCOVER: Como foi a sua experiência da transição do Brasil para Portugal? Quais foram os maiores desafios que você enfrentou no processo de adaptação, tanto pessoal quanto profissional? 

Juliana Queiroga: A transição tem sido tranquila porque não ocorreu de uma vez. Eu estou na ponte aérea entre Brasil e Portugal desde 2019. Tenho visitado cidades, conhecido empresas e pessoas. Isso ajudou a ser uma chegada mais leve. Por exemplo, eu tive um parceiro profissional que me ajudou a encontrar uma creche para meu filho. Inclusive deram seu próprio endereço para cadastrar. Tenho uma amiga de Fortaleza que mora no Porto e atua como advogada. Ela tirou meu NIF (Número de Identificação Fiscal) e o da minha família e nos prestou serviço para solicitarmos nossos vistos. Outro parceiro profissional me indicou um lugar de confiança para comprar um carro. Aproveitei uma de minhas vindas para visitar vários apartamentos e ver bairros por onde morar. Isso me permitiu contratar uma corretora que acompanhou instalação de água, energia e internet antes de chegarmos. Ela também recebeu a entrega de eletrodomésticos e de um colchão para que eu tivesse onde dormir quando chegasse. Também tive a oportunidade de trazer minha esposa e meu filho em agosto de 2023 para que conhecessem a cidade que escolhemos (Aveiro). Minha esposa é funcionária pública no Brasil e veio fazer o doutorado em políticas públicas na Universidade de Aveiro. Todo este tempo nos ajudou a fazer uma transição bem mais suave. O que continuou sendo desafiador foi a parte burocrática. Só consegui abrir uma conta em um banco português depois de muito vai e vem. Sem ter uma conta portuguesa, não podia ter MB Way (modo de pagamento aceito exclusivamente em alguns lugares) e realizar alguns pagamentos como água, energia, seguro do carro, via verde, etc. Isso agora já está pacificado. Também precisava de um número de telefone local para ter acesso a uma série de serviços. Também resolvemos. O que ainda tem sido demorado é o NISS e o número de utentes. O NISS é a segurança social e este número é necessário para poder trabalhar. Com o novo governo, só se pode tirar o NISS (Número de Identificação da Segurança Social) se tiver autorização de residência e um contrato de trabalho. Eu vim ao país com um visto de acompanhante familiar (minha esposa veio com visto de estudante). Este visto autoriza trabalhar. Mas, apenas com o visto, não posso tirar o NISS. Preciso aguardar minha entrevista com a AIMA, que foi agendada para dezembro deste ano. Depois desta entrevista é que vou tentar tirar o NISS novamente. Sem o NISS, o CÉSAR não consegue me contratar aqui em Portugal. Então continuo vinculada ao Brasil. Isso atrapalha demais porque minhas despesas não podem ser lançadas em Portugal. Tudo tem que ser convertido para real. Sem esta autorização de residência não posso tirar meu número de utente e ter acesso à saúde pública aqui. Nós viemos com um seguro saúde de 120 dias, então estamos acobertados por um período. Além da saúde pública, eu tenho um benefício de plano de saúde pelo CESAR Europa. Além do mais, tem algumas questões culturais naturalmente. Mas essas eu acho mais tranquilas. Há questões de vocabulário, de costumes e de posturas que são diferentes de algumas que tínhamos no Brasil. Mas isso não é nada que eu ache desafiador, apenas uma adaptação.

RD: Antes de vir para Aveiro, quais eram as suas expectativas em relação ao mercado de trabalho e à vida em Portugal? Essas expectativas foram atendidas ou houve surpresas ao longo do caminho?

JQ: Como eu já vim com um trabalho definido, não tive tanta preocupação com relação ao mercado de trabalho daqui. De qualquer forma, recebo divulgação de vagas constantemente no meu LinkedIn, o que me mostra que há bastante espaço para profissionais qualificados. Se eu não estivesse trabalhando no CÉSAR, teria a dificuldade da burocracia para trabalhar. Ninguém poderia me contratar sem o NISS. Eu poderia tentar abrir o que chama de “recibo verde” e atuar como PJ, até tentar abrir o NISS, mas fica tudo mais complicado mesmo. Além disso, tentei entender bem sobre os custos de vida por aqui. O valor mais alto é com relação à habitação. Os aluguéis estão muito altos e comem a maior fatia do orçamento familiar. Conversei com amigos para entender os custos de mercado, combustíveis, energia, água, etc. Isso me ajudou a planejar uma vida que caiba no nosso orçamento. Continuo me surpreendendo com alguns valores.

RD: Como você avalia o apoio oferecido pelo Polo Digital e pelo governo português para sua integração em Aveiro?

JQ: O apoio do Porto Digital é fundamental. Eles nos conectam com prestadores de serviço para iniciar a operação do CÉSAR e também para demandas do dia-a-dia. Além disso, nos deram apoio na vida pessoal também, nos conectando a serviços essenciais. Além deles, os portugueses têm sido de uma gentileza e generosidade únicas. Somos muito bem recebidos onde vamos. Nosso filho é muito bem tratado e cuidado. Temos sido muito bem acolhidas em nossos ambientes.

 De Recife para Aveiro: Juliana Queiroga está construindo um novo futuro em Portugal ao lado da esposa e do filho.

 

 

 

 

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Caio Quinderé

Caio é Dramaturgo, escritor e redator. Com mais de 20 anos de experiência em Comunicação, Educação e Artes. Caio já publicou peças de teatro, filmes para cinema e TV e publicou livros. Expertise na gestão de projetos culturais e sociais.

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