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Doutorado: U of T cobrará valores iguais para estrangeiros, residentes permanentes  e cidadãos

Universidade de Toronto  muda os valores cobrados aos estudantes internacionais de doutorado

Por Leila Monteiro Lins | Publicado 29/01/2018

Doutorado no Canadá

A Universidade de Toronto – também chamada de U of T registrou um aumento nas aplicações de estudantes internacionais desde que viajar para os Estados Unidos se tornou um desafio.

Este movimento colocou a universidade em uma posição ainda mais competitiva para atrair os melhores talentos. No ano letivo de 2017-2018, 1.179 dos 6.145 estudantes de doutorado eram de fora.

Em uma tentativa de atrair mais talentos de pesquisa de nível superior, a U of T anunciou que já não cobrará altos valores para estudantes internacionais de doutorado.

Os estudantes internacionais normalmente desembolsam muito mais do que os locais, em todos os níveis, mas a partir do outono deste ano, os estudantes de doutorado da universidade pagarão o mesmo valor.

U of T quer eliminar barreiras e atrair mais talentos internacionais

Atualmente, estudantes internacionais de doutorado pagam uma média de $22,604 por ano, em comparação com $8,492 para quem é do país.
Com a mudança, a U of T quer atrair uma forte grupo de estudantes internacionais e, com isso, construir uma espécie de rede global considerando que a pesquisa hoje acontece em uma escala mundial.

O diretor de pesquisa do Instituto Lunenfeld-Tanenbaum, Jim Woodgett, da U of T, revelou em entrevista a jornal canadense, que diminuir a taxa de ensino internacional de doutorado é “a melhor coisa que a universidade poderia ter feito para aumentar a diversidade e a excelência”.

Derrubando muros: incrementando relações internacionais

“Vemos outros países colocando muros para limitar os estagiários nascidos no estrangeiro. Nós nos beneficiamos atraindo as melhores mentes para realizar pesquisas. Alguns permanecerão e se tornarão canadenses ao longo do tempo. Outros retornarão para casa, mas mantêm afinidades com o Canadá. Isso ajudará a construir relacionamentos internacionais”, disse Woodgett.

A professora da U of T, Molly Shoichet, que detém uma cadeira de pesquisa do Canadá em Engenharia de Tecidos e dirige o Shoichet Lab da universidade, disse que está “realmente entusiasmada com essa mudança”.

“Existem ótimos estudantes canadenses e grandes estudantes internacionais. Ao abaixar as barreiras para o recrutamento e a contratação de estudantes internacionais, seremos capazes de aprimorar a excelência de nossas atividades científicas, ao mesmo tempo que trazemos a diversidade para nossos laboratórios “, escreveu Shoichet .

Leila Monteiro Lins

Leila tem mais de 30 anos de experiência nas atividades de jornalismo e relações públicas, incluindo assessoria de imprensa, planejamento e organização de eventos, produção e edição de jornais e revistas, e desenvolvimento de estratégias de comunicação. Em 2010 lançou no Canadá a revista DISCOVER, que tem como objetivo promover as oportunidades de negócios, turismo do Brasil, Portugal e Canadá, assim como fortalecer e aprofundar os lanços entre os três países. A versão digital da revista DISCOVER pode ser lida no site https://www.magazinediscover.com/discover-digital/