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Five Star Diamonds abre pregão da Bolsa de Valores de Toronto

Press Release                                                                                                                                                         

A mineradora brasileira Five Star Diamonds, representada pelo seu presidente e CEO, Matthew Wood, e pelo diretor-executivo no Brasil, Luis Azevedo, e o chefe do Setor de Promoção Comercial do Consulado-Geral do Brasil em Toronto, ministro Ademar Seabra da Cruz Junior, acionaram o botão que deu início ao pregão de 29 de junho de 2017 na Bolsa de Valores da cidade (Toronto Stock Exchange e TSX Venture Exchange). A cerimônia serviu para celebrar a listagem das ações da Five Star na bolsa, ocorrida em 25 de abril último.

“São vários motivos para comemorar. Somos a primeira companhia brasileira listada na bolsa de Toronto depois de cinco anos, somos a primeira empresa de diamantes do Brasil listada fora do País e é uma prova de que o Canadá acredita no Brasil, apesar de todas as dificuldades”, disse Azevedo. Criada há apenas dois anos e meio, a Five Star foi concebida tendo em conta o fato de o Brasil ter sido o maior produtor de diamantes do mundo até 1800, produção interrompida após a descoberta de jazidas na África. “Ficamos esquecidos. Depois de o Brasil produzir 100% dos diamantes do mundo entre 1700 e 1800, hoje produzimos menos de 1%. Por isso, sabíamos que o potencial estava lá, adormecido”, afirmou.

Diamantes

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Com experiência em outros projetos minerais, como ouro e fertilizantes, a Five Star foi em busca de fontes de diamantes já identificadas, mas não exaustivamente exploradas. “A partir disso, vendemos este conceito para alguns investidores, especialmente de Nova York, que acreditaram na ideia. Colocaram muito pouco dinheiro, mas com muito pouco fizemos sucesso”, explicou o executivo, destacando o grande apoio do governo de Goiás, onde está localizado o projeto, na cidade de Catalão. “Sem eles, não teríamos conseguido”, reconheceu. Hoje a Five Star conta com 23 projetos, em um total de 60 mil hectares, distribuídos pelo oeste e norte de Goiás, Piauí, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. “Todos são de boa qualidade, mas tem quatro ou cinco outros onde foram encontrados diamantes. Agora é trabalhar pela economicidade, como fizemos em Catalão”, disse Azevedo.

Com sedes no Brasil e no Canadá, hoje a Five Star tem acionistas em todo o mundo que acreditam no potencial brasileiro. “O que esperamos é dar a esses acionistas o sucesso que conseguimos com outros projetos. O último projeto do Brasil listado na bolsa de Toronto (de fertilizantes, em 2012) também foi nosso, tendo sido posteriormente vendido para o grupo BTG e Roger Agnelli”, acrescentou o diretor-executivo.

Bolsa de Valores de Toronto

Para ele, a presença da empresa na Bolsa de Valores de Toronto é fundamental, por ser a maior vitrine de mineração do mundo. “Se você quer visibilidade e uma base de acionistas, aqui as pessoas entendem de mineração, o que não acontece em muitos países do mundo, inclusive o Brasil”, afirmou. “Para atrair investidores, pessoas que acreditem nessas ideias, a TSX, sem dúvida, é o lugar. Aqui estão as principais empresas de diamantes e as que estão nessa fase de desenvolvimento, de pré-economicidade. Aqui se acredita no risco quando há políticas de transparência, seriedade e trabalho duro. As pessoas conseguem identificar quem são os verdadeiros players, quem vai trazer sucesso, e acreditam nessas pessoas no médio e no longo prazo”, avaliou. A TSX opera com mais de metade das mineradoras do mundo listadas em bolsas, sendo que 30 delas com projetos no Brasil, tendo conseguido levantar mais de um bilhão de dólares em investimentos no ano passado.

Otimista, Azevedo espera que a partir do trabalho da Five Star, o Brasil possa voltar ao grupo do G5 (dos maiores produtores mundiais de diamantes, onde hoje se encontram Rússia, Botswana, Congo, Austrália e Canadá). “Achamos que o Brasil tem o direito de estar neste lugar, por produzir todos os diamantes do mundo durante 100 anos e por não pode ter exaurido suas reservas”, ponderou. Ele observa uma diferença básica, entretanto, que é a de o Brasil nunca ter minerado diamantes primários antes, ou seja, não provenientes dos aluviões ou dos rios. “O diamante que está no rio vem de algum lugar e só uma fonte foi descoberta até agora, uma mina na Bahia. Então, com todos esses diamantes espalhados pelo Brasil inteiro, com certeza existem muito mais minas a serem descobertas”, deduziu o executivo.

Ele entende, porém, que o Brasil “precisa fazer melhor seu dever de casa”, defendendo as reformas trabalhista e fiscal como muito importantes para o setor mineral. Também acredita que o País não pode ser restrito na área ambiental e ver negativamente a mineração. “O Canadá é a prova de que a mineração pode trazer muitas coisas boas. Isso é que a gente precisa mostrar no Brasil”, concluiu.

Leila Monteiro Lins

tem mais de 30 anos de experiência nas atividades de jornalismo e relações públicas, incluindo assessoria de imprensa, planejamento e organização de eventos, produção e edição de jornais e revistas, e desenvolvimento de estratégias de comunicação. Em 2010 lançou no Canadá a revista DISCOVER, que tem como objetivo promover as oportunidades de negócios, turismo do Brasil, Portugal e Canadá, assim como fortalecer e aprofundar os lanços entre os três países. A versão digital da revista DISCOVER pode ser lida atavés do https://magazinediscover.com/discover-digital/

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